sexta-feira, 16 de abril de 2010

Merchandising e o desperdicio de milhões de reais

Cada vez mais comum nos programas de TV o merchandising, ou, como ficou conhecido em um dos BBBs, Merchan, vem tentando cada vez mais implantar marcas na cabeça dos consumidores. Mas isso dá certo, gente? Afinal é uma grana monstruosa que as empresas investem nesse ramo da publicidade.

Pois bem, senhores e senhoras, nem tudo é o que parece ser. As novelas do, chamado, horário nobre da Rede Globo de Produção têm audiências estrondosas, alguém dúvida? Só para provar isso, mas sem numeros, caso isso não fosse verdade, a Rede Record não ficaria mudando sua grade de hoário da programação tantas vezes em tão pouco tempo. Mas isso é um outro assunto. Pois bem, voltando as novelas da "Globio". As empresas investem pesado colocando seus produtos nas mãos das personagens, apostando que a audiência significa alguma coisa. PODERIA, vejam bem, poderia significar se não fossemos movidos pelo cerebro. Assistam a esse vídeo da novela Caminho das Índias.





A persongem que chega com as sacolas diz ter comprado um "modelito" para a passeata dos solteiros. Essa passeata aconteceu? Isso foi importante para a personagem? Ela estava vestida com algumas das roupas que chegou em casa? Certamente, essa promoção não foi impactante suficiente para nosso mestre, o cerebro, guardar.





Esse foi pior ainda. Uma propaganda de uma propaganda! Foi uma seguência de algumas chamadas como essa. Algum pensionista do INSS foi ao BMG por causa desse Merchandising? Procuro por todo o Brasil!!! Se sabem de alguém, apresente aqui.

Por outro lado, há empresas que acertam. Uma receita básica aos publicitarios que serão encarregados de inserir um produto em algum programa de televisão: o produto precisa ser determinante para a execução do programa. Deve fazer sentido com as personagens, deve mudar o rumo da história.

Esse vídeo tem 6 minutos mas demonstra bem o que estou dizendo. Alguém que tenha assistido ao seriado Toma lá da cá, não se lembra desse episódio? Dúvido!





Bom, para não carregar o post com muitos vídeos, vou citar alguns para que vcs vejam a diferença de um merchandising bem empregado e outros nem um pouco.

Em uma das novelas das oito em que Marcos Palmeira foi protagonista, ele foi até a Amazonia para descobrir um novo aroma natural para um novo produto que estava inventando, qual era a marca? NATURA. Vejam, eu não lembro nem do nome da novela, mas lembro do que aconteceu com a marca. Um outro, muito bom de falar. Alguém no Brasil não sabe a empresa de carros que patrocina o Big Borther Brasil? Quase impossível. A Fiat está sempre realizando sonhos não só dos participantes, mas como dos telespectadores, como foi nessa última edição.
Dezenas de marcas pagam para que seus prdutos estejam nos cenários, vestimentas de muitas novelas. Eu não saberia te dizer marca de nenhum móvel de nenhuma novela. Isso tudo é dinheiro jogado fora, minha gente!

Essa diferença que apresentei aqui é explicada e, o melhor, comprovada pelo Neuromarketing. Neuromarketing é uma nova corrente do marketing que visa decifrar os segredos do cerebro humano na hora de escolher por uma determinada marca/serviço/produto. Não se assustem se daqui a alguns post eu venha postar algo relacionado ao Neuromarketing. Este é o assunto do meu Trabalho de Conclusão de Curso, TCC.

Aproveitando a ocasião, se alguém tiver interesse em estudar, analisar alguma marca pode entrar em contato comigo, será um prazer trabalharmos juntos.

Só mais uma coisa. Vocês já reparam que em filmes, quando uma determinada equipe precisa fazer aquela pesquisa para obter um resultado concreto sempre tem aquela maçanzinha, não tem? Isso é diferencial!!!


Olhe essas logos?






Qual a marca do primeiro Merchandising que eu apresentei nesse post?

Bom caso, vc lembre, parabéns. Pode ser que dê errado pq o espaço de tempo foi pouco. Mas mesmo assim eu dúvido que vcs acertem.

2 comentários:

  1. Show cara! Bem legal essa questão do Merchandising, o livro do Lindstrom fala bem sobre isso.
    Aconselho, entretanto, buscar mais referências de artigos do que de livros, pois as informações sobre o assunto habitam mais no campo de neurociência aplicada e neuroeconomia do que no neuromarketing em si. Com relação ao conceito de Neuromarketing, acredito que se possa ampliar um pouco mais do que apenas estudar o comportamento do consumidor com relação aos produtos, serviços e marcas. Pois o neuromarketing também pode ser utilzado para verificar e analisar as relações intra e interpessoais dentro de uma organização por exemplo. O campo é novo e com certeza ainda muito incerto, mas ao meu ver é o que converge para o desenvolvimento do futuro e da redução das incertezas nas pesquisas geradas pelo impossibilidade de identificar o conteúdo mental. Uma pesquisa qualitativa com métodos quantitativos, talvez podessamos assim caracterizá-la.

    Parabens mais uma vez!

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  2. No livro Buyology (aqui creio que seja A Lógica do Consumo), do Lindstrom (como foi citado no comentário anterior) ele trata sobre esse assunto. Cita até o caso do American Idol, onde a Coca-Cola e a Ford (era uma marca de carro) anunciavam durante o programa.

    A diferença é que a Coca-Cola estava PRESENTE no programa. Se via os jurados bebendo, havia cores que lembravam a marca da Coca-Cola (a cor vermelha) e a Ford simplesmente tinha um comercial durante o programa.

    As pessoas, quando perguntadas, nem lembravam que a Ford havia feito um comercial durante o programa... mas a Coca-Cola era sempre lembrada.

    Não adianta apenas anunciar, pra ser lembrada a marca tem que interagir e ter significado no programa (filme, novela...).

    Legal o blog!

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